sábado, 25 de janeiro de 2014

JT - Cantor, Compositor e Produtor de Eventos


Bem, eu nasci em Duque de Caxias, Rio de Janeiro, e minha primeira percepção da música foi no rádio, como muitos outros músicos. Eu ficava horas ouvindo os programas que tocavam as músicas das décadas passadas e me imaginava nas estória das letras. Era uma ideia meio louca , mas eu sempre entrava na música dessa forma. A Imaginação foi o que despertou em mim a vontade de subir em um palco. Eu sempre fui muito sonhador e, nada melhor do que um show para que você entre no seu mundo de sonhos.

Eu cheguei a Brasília no mês de abril de 1993 e a cena que busquei era toda voltada para o Gospel. Esse movimento estava começando naqueles anos e eu já vim de Maceió direto para fazer um teste em uma banda local chamada Kadesh, a convite do Pr. Zoroastro.  Ele havia me ligado falando que a banda era minha cara e estava sem vocal. Então eu disse “vou amanhã” e assustado ele falou “fala sério!”.
Desembarquei em Brasília dois dias depois e no dia seguinte me reuni com a banda, assumi os vocais e voltei a Maceió para casar e em seguida me mudar definitivamente para Brasília.
  
O primeiro show que eu assisti aqui em Brasília foi da banda Catedral e logo em seguida fui a um show da banda Livre Arbítrio, mas o que me deixava maluco eram os programas da Igreja Renascer que mostravam as bandas que se apresentavam no SOS da Vida, o maior festival de música gospel da época. Eu pirava geral com aqueles programas.  Então montaram uma caravana para ir ao SOS em São Paulo e eu fui junto.  Pronto!  Ali eu tive a certeza de que iria ser um músico profissional.

Na verdade eu montei 4 bandas. Duas em Maceió e duas em Brasília. A primeira foi uma banda gospel chamada Blues 126 que, como dizia o nome, era muito influenciada pelo Blues. A segunda foi The Windows que se apresentava em bares e tocávamos rock dos anos 1970. Quando vim para Brasília eu já entrei no Kadesh e depois veio JT e Banda, que se transformou no Metal Nobre.

Kadesh – Fernando Modesto (guitarra), Jack Garcia (teclado), Eudes (batera) e Marcelão (baixo), os caras eram puro hard rock e eu já curtia rock and roll.  Quando me apresentaram as músicas eu logo percebi que eram muito altas para mim e pedi que fossem colocadas no meu tom.  O problema de alguns cantores é não aceitarem suas limitações de tom.  Algumas músicas foram descartadas e outras modificadas para que o trabalho ficasse bonito e deu certo. As novas composições já tomaram uma veia mais rock and roll. Seis meses e alguns shows depois fomos para Belo Horizonte gravar o cd “Imagem”  produzido por Moisés di Sousa da Banda Azul no estúdio 108. A música Imagem ficou por seis meses em primeiro lugar na Rádio Capital e o disco teve muita aceitação, o que nos levou a fazer muitos shows. Eu e Eudes saímos da banda em no fim de 1994, isso fez com que me sentisse “sem chão”.

Passei três anos tentando montar uma banda sem sucesso, pois tinha os motivos errados em meu coração. Eu só pensava em aparecer. Após esse tempo pedi ao Senhor “restaure em mim a vontade de te adorar através de música, e me dê oportunidade de pregar a tua palavra, restaure em mim o amor pela tua obra”.  Então senti Deus me dizendo “Agora você entendeu, está pronto. Vai que serei com você”.

Primeiro CD
Metal Nobre – Em fevereiro de 1997 eu, Eudes (bateria), Wellington Sousa (guitarra) e Carlos (baixo) montamos a “JT e Banda”. Um mês depois Carlos deixa a banda e é substituído por Kenney Gouveira que viria a se tornar um inseparável parceiro em toda a trajetória da banda. Logo em seguida Eudes sai da banda, por motivos de trabalho, e entra Maurício Barbosa com toda a sua surpreendente criatividade. Logo em seguida Wellington pede para sair, e por sugestão do Kenney entra Pedro Pantoja dando assim início às composições das músicas do primeiro CD. Mas, faltava o nome definitivo então um dia Kenney sonhou que estávamos tocando e viu o pastor Silvério Perez esticava a camiseta para ele onde estava escrito “Metal Nobre” e ele falava “esse é o nome da banda porque vocês são ouro para Deus”.

Produzimos uma demo e, rejeitados por uma gravadora cristã, partimos para a produção independente do nosso primeiro CD. Em abril de 1998 aconteceu o lançamento do CD Metal Nobre, e a música Cálice se destacou como a mais tocada nas rádios evangélicas de Brasília.

Em setembro de 1998 sai Maurício Barbosa e Adriel Sorriso assume a bateria com muito entusiasmo.  Gravamos então o segundo CD com o título “Revelação” pelo selo Salmos, o que projetou a banda no cenário nacional. Lançado em novembro daquele ano o disco alcançou a incrível marca de quase mil cópias vendidas em apenas duas horas. Com produção impecável, “Revelação” vendeu 30 mil cópias em um ano e a música Louvai foi exaustivamente executada pela maioria das rádios evangélicas do Brasil.



Pedro Pantoja se desliga da banda em setembro de 2000 e entra Leonel Valdez trazendo seu estilo próprio e uma rica experiência de estúdios e turnês. Lançamos ainda naquele ano o álbum “Metal Nobre III” alcançando a marca de 10.000 cópias vendidas em menos de seis meses. As músicas Vou Confiar, Apocalipse e Sevo de Deus já estavam prontas e gravadas e eu tinha as melodias, mas não as letras. Deus foi me dando uma a uma e fechamos o CD no prazo determinado. Com esse disco a banda se consolida nacionalmente no cenário Rock Cristão.



Em 2002 gravamos ao vivo em Taguatinga – DF o CD e DVD “Nas Mãos do Senhor”  com a presença de 25.000 pessoas ao ar livre. Após 4 mil CDs vendidos de maneira independente, assinamos com a Gospel Records que lançou e distribuiu CD e DVD pelo seu selo.Outubro de 2002 foi marcado pela saída de Kenney Gouveia, uma mudança muito difícil para mim, mas a chegada de Daniel Gomes de Paiva tocando de maneira única e com uma performance de palco muito louca, injetou novo gás nas apresentações da banda. Finalmente chega o que faltava, o tecladista Hirion Jr., valorizando as baladas.


Em 2003 Leonel sai da banda e Pedro Pantoja volta com toda força participando ativamente da gravação do CD "Ao Teu Lado”, lançado em 2005 e mais uma vez, cuidadosamente produzido por Marcos Pagani e Richie Santiago no Orbis Studio.  Um ano de espera para seu lançamento, somando a mais 3 anos que passamos aguardando a gravadora se recuperar financeiramente, foram 4 anos sem disco. Isso acaba com a agenda de shows de qualquer artista, foi um período de muita luta e perseverança.  Logo após o lançamento a agenda voltou a encher e a banda vai mais uma vez para a estrada.


Ao findar o contrato com a gravadora em 2006 optamos pela não renovação e pela busca de um trabalho independente.  Pedro Pantoja mais uma vez sai da banda e a entrada de Juninho di Sousa traz um som mais atual e contemporâneo. Por motivos internos ainda neste ano saem todos os músicos da banda. Fiquei só e achei que seria o fim.

Não demorou liguei para o Luiz (ex auxiliar de bateria) para segurar as baquetas. Ele tremeu um pouco nas bases mas, topou e mandou bem na parada. Leonel aceitou a convocação de pronto e Kenney  voltou muito empolgado e ainda trouxe o seu filho para fazer guitarra base. Fomos mais uma vez para a estrada e demos início ao projeto do sexto CD. Com a produção de Pingo (guitarrista da banda “Supernovavida”) gravamos o CD “Alta Voltagem”. Já o DVD foi gravado durante shows em Taguatinga-DF, Manaus-AM, Corrente-PI, Frutal-MG, Aparecida de Goiânia-Go  e São José do Rio Preto-SP e com a formação JT, Leonel, Hirion, Daniel Ulisses, PH, Luiz Coiote e em participação especial: Diego, batera da banda “Virtud”. Foi um momento enriquecedor para todos.

"Made in Brazil" foi o nosso segundo DVD e trouxe canções do CD "Alta Voltagem", além de alguns clássicos da banda comemorando os quinze anos do grupo. Lançado de forma independente chegou a ser indicado ao prêmio de Melhor DVD no Troféu Promessa de 2012. No momento estamos em fase de composição para o repertório do próximo CD.

Com certeza que Brasília é a Capital do Rock sim! Eu já estive em praticamente todos os estados do Brasil e, sem desmerecer os outros, Brasília é, sem dúvida nenhuma, a Capital Eterna do Rock em todas as suas vertentes.


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